YO Labs, a equipe de desenvolvimento por trás do YO Protocol, levantou US$ 10 milhões em uma rodada Série A para expandir sua plataforma de otimização de rendimento cripto.
A empresa de capital de risco Foundation Capital liderou a rodada, acompanhada por Coinbase Ventures, Scribble Ventures e Launchpad Capital.
A empresa com sede em São Francisco planeja usar os recursos para levar seu protocolo de otimização de rendimento a mais blockchains e aprimorar sua infraestrutura.
O Protocolo YO foi desenvolvido para ajudar os usuários a obter rendimento sobre ativos de criptomoedas, reequilibrando automaticamente o capital entre múltiplos protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) enquanto considera o risco. Atualmente, oferece aos usuários acesso a produtos de rendimento baseados em USD, EUR, BTC e ouro.
Ao contrário da maioria dos agregadores de rendimento DeFi que operam em uma única blockchain, o sistema da YO funciona entre cadeias. Seus cofres — yoETH, yoUSD, yoBTC, yoEUR e yoGOLD — alocam dinamicamente capital para onde o rendimento ajustado ao risco for mais favorável, de acordo com um comunicado à imprensa compartilhado com a CoinDesk.
Isto é alimentado pela Exponential.fi, uma plataforma criada pela mesma equipe para atribuir pontuações de risco transparentes aos protocolos DeFi. A inovação central do protocolo reside no seu cálculo do “Retorno Ajustado ao Risco”, uma métrica derivada da experiência da equipe na construção de classificações de risco para pools DeFi, disse Mehdi Lebbar, cofundador e CIO do protocolo, em entrevista ao CoinDesk.
Em vez de perseguir as maiores porcentagens anunciadas, o sistema calcula uma probabilidade de inadimplência com base em milhares de vetores de risco, que variam desde a idade do protocolo até seu histórico de auditoria de código.
Para mitigar as vulnerabilidades de segurança frequentemente associadas à movimentação de ativos entre blockchains, a YO Labs emprega uma arquitetura única que minimiza a dependência de pontes, disse Lebbar. Em vez de mover fundos constantemente entre cadeias, o protocolo estabelece o que a equipe descreve como “embaixadas” — cofres independentes que mantêm ativos nativos em cada blockchain.
“Se você faz uma ponte de um pool, está exposto ao risco da ponte… Precisávamos criar essas ‘embaixadas’ em vários planetas, esses cofres em várias cadeias que detêm ativos nativos,” disse Lebbar. “Se você tem USDC na Arbitrum, esse é o mesmo USDC da Ethereum, e você não tem mais a ponte no meio… isso é muito mais seguro.”
Além da arquitetura, o sistema emprega um ‘DeFi Graph’ para gerenciar riscos ativos durante a volatilidade do mercado ou falhas no protocolo — o que Lebbar denomina ‘cenários Armageddon’. Esse sistema monitora dependências em até cinco níveis de profundidade, permitindo que o protocolo acione retiradas automáticas caso um pool esteja indiretamente exposto a um ativo em falha, afirmou Lebbar.
A rodada de financiamento eleva o total arrecadado pela YO Labs para $24 milhões, incluindo uma rodada seed anterior liderada pela Paradigm. Com o novo capital, a empresa está posicionando a YO como infraestrutura central para fintechs, carteiras digitais e desenvolvedores que buscam incorporar rendimento sustentável em seus produtos.