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Circle inicia IPO gigante e acende discussão sobre portfólio cripto diversificado

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O IPO da Circle Internet Group, emissora da stablecoin USDC, entrou para história das maiores estreias em bolsa do setor cripto. No dia 5 de junho, as ações foram lançadas a US$ 31 na NYSE, escalando rapidamente para US$ 69 na abertura e atingindo picos acima de US$ 103 durante o pregão, fechando o primeiro dia em torno de US$ 83 — um salto de quase 170%. Com a venda de 34 milhões de ações, a empresa captou cerca de US$ 1,1 bilhão, atingindo capitalização de mercado entre US$ 18 e 25 bilhões.

O desempenho explosivo contagiou o segmento cripto como um todo. Stocks de empresas relacionadas — como Coinbase, Robinhood e MicroStrategy — também subiram, refletindo maior confiança dos investidores no setor. A euforia foi impulsionada por uma combinação de fatores: o recente rali do Bitcoin acima de US$ 100 mil, maior clareza regulatória nos EUA e apoio político que favorece ativos digitais .

Bitwise propõe mudança estrutural: portfólio cripto com ações e moedas digitais

O sucesso da estreia da Circle reacendeu um debate crucial entre gestores: como montar um portfólio de cripto balanceado. Matt Hougan, CIO da Bitwise, argumenta que o investidor consciente deve adotar uma “carteira cripto completa”, combinando criptomoedas principais como Bitcoin e Ethereum com ações de empresas emergentes do setor, como a própria Circle.

Segundo Hougan, o mercado de stablecoins cresceu vertiginosamente, saltando de US$ 4 bilhões para US$ 250 bilhões em poucos anos, com projeções que superam US$ 2 trilhões até 2030. Esse crescimento é sustentado pela lucratividade oriunda da gestão das reservas lastreadas em títulos do Tesouro americano — uma estratégia que gera margens elevadas. As ações da Circle, sendo um ativo de infraestrutura de stablecoin, estariam posicionadas para lucrar desse modelo, colocando-as no centro de uma alocação cripto estratégica.

Adaptação institucional: alocação cripto tende a crescer

Paralelamente, a Bitwise aposta em uma tendência institucional de longo prazo. Hougan projeta que os produtos de cripto como ETFs (ETPs) ganharão espaço até o fim de 2025, elevando a exposição média de portfólio de criptomoedas de 1% para até 5% . Ele aponta dados que mostram que uma alocação cripto de 1% a 5% tem gerado retornos positivos em 74% dos períodos de um ano e 100% dos de três anos, sugerindo que essa parcela pode contribuir de forma robusta à diversificação de risco.

Essa tendência vem ganhando tração com o lançamento dos ETFs de Bitcoin e Ethereum no mercado americano, permitindo exposição institucional segura e regulada — um movimento que, de acordo com Hougan, representa um ponto de virada na aceitação do universo cripto pelos grandes investidores.

A IPO da Circle é marco, mas a estratégia cripto é muito maior

O estrondoso desempenho da IPO da Circle demonstra que há espaço no mercado para empresas ligadas à infraestrutura cripto. Mas, conforme destacam gestores como Hougan, o sucesso num único IPO não substitui uma estratégia de portfólio bem estruturada. O grande desafio agora é combinar a força de criptomoedas consagradas com ações de empresas que operam intensamente no setor para se construir uma carteira resiliente.

É nesse cenário que surge um conselho pragmático: enxerga-se cada vez mais as criptomoedas e as ações do ecossistema como componentes complementares. A IPO da Circle foi apenas o estopim — o verdadeiro movimento está em repensar toda estrutura de alocação, buscando exposição inteligente e diversificada ao novo universo financeiro em evolução.

Fonte: The Block

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