Nesta semana, o Banco Popular da China (PBoC) conduziu um encontro entre treze agências governamentais com o objetivo de fortalecer a repressão à especulação com criptomoedas no país. De acordo com fontes recentes, a autoridade reiterou que criptomoedas e stablecoins continuam sem status legal como moeda e alertou para os riscos que ativos digitais representam à estabilidade financeira, especialmente stablecoins, dadas as lacunas de compliance e lavagem de dinheiro.
No comunicado oficial, o PBoC afirmou que operações com criptoativos são consideradas “condutas financeiras ilegais” e que será intensificada a fiscalização de exchanges, miners e demais participantes do ecossistema cripto. A mensagem clara é de que a proibição permanece firme, e que o governo está monitorando tentativas de evasão regulatória. 
Esse reforço regulatório chinês não tem impacto apenas doméstico: pela relevância da China no hash-rate global de mineração e na demanda, direta ou indireta, por ativos digitais, a medida pode provocar movimentos de preço, deslocamento de operações para outras jurisdições ou migração de mineradoras para locais com energia mais barata. O mercado global tende a reagir com cautela, especialmente para projetos que dependem de infraestrutura ou usuários na Ásia.
Para investidores, a recomendação de muitos analistas é rever exposição nessa região: stablecoins e criptos com grande base de usuários na China podem sofrer com pressão regulatória intensa. É hora de considerar diversificação geográfica, avaliar custódia, risco regulatório e preparar portfólios para maior volatilidade, especialmente se cadeias de distribuição ou infraestrutura global forem afetadas.
Para o mercado em geral, a ação do PBoC serve como lembrete de que, apesar do crescimento global de cripto, a regulação estatal continua de grande peso. Em 2026, o perfil dos projetos mais resilientes pode ser definido por compliance, transparência e diversificação de origem, não apenas por hype ou adoção de massa.