Bank for International Settlements (BIS) nomeia novo chefe de inovação: atenção global volta a CBDCs e regulação cripto

O BIS, o banco internacional que reúne bancos centrais do mundo, nomeou ontem (25), Tommaso Mancini‑Griffoli como novo chefe de seu “Innovation Hub”. A mudança de liderança tem implicações diretas sobre o futuro das moedas digitais, CBDCs e regulação global de criptoativos.

A instituição desempenha papel central em estudos de política monetária e inovações financeiras globais, e a nomeação sinaliza que os bancos centrais pretendem retomar com vigor as discussões sobre dinheiro digital estatal, interoperabilidade entre moedas fiat e digitais, e regulamentação dos ativos cripto, especialmente stablecoins e tokenização. 

Especialistas ouvidos por analistas internacionais interpretam a mudança como um “alerta institucional”: governos e reguladores não estão ignorando cripto, pelo contrário, planejam moldar o futuro monetário global com participação direta. Isso tende a impactar desde regras para stablecoins, exigências de compliance para exchanges e custódia, até a adoção de moedas digitais soberanas.

Para investidores e projetos cripto, o novo contexto pode significar mudanças relevantes: valorização de protocolos com governança forte e conformidade, risco reduzido para ativos regulados ou tokenizados, mas também maior pressão regulatória sobre iniciativas de risco. Quem estiver longe de compliance pode sofrer desvantagem competitiva.

Em longo prazo, essa movimentação do BIS pode redefinir o ecossistema cripto global, com menos espaço para risco desordenado e mais para integração entre finanças tradicionais e ativos digitais estruturados. Convém acompanhar de perto os próximos comunicados do Innovation Hub e os reflexos nos mercados.