Bitcoin e Ethereum recuam após dados de inflação dos EUA; o que provocou essa queda?

O mercado de criptomoedas registrou uma leve correção no último sábado (06), após a publicação de dados de inflação nos Estados Unidos que mexeram com o apetite por risco global. Por volta do meio-dia (horário de Brasília), o Bitcoin (BTC) operava em queda de aproximadamente 1,3%, cotado a cerca de US$ 89.950, enquanto o Ethereum (ETH) recuava quase 3%, negociado em torno de US$ 3.050.

A leitura de inflação trouxe sinais de que os mercados seguirão cautelosos até a próxima janela de decisões de política monetária, reduzindo a propensão a ativos mais voláteis. Em geral, eventos macroeconômicos desse tipo tendem a reduzir temporariamente a liquidez disponível para ativos de risco e a provocar vendas técnicas em posições alavancadas. 

Além do efeito macro, observadores do mercado apontaram que parte da queda foi amplificada por ordens automáticas e ajustes de posições em exchanges: quando um ativo de alta liquidez recua, algoritmos e stops tendem a acelerar o movimento. Em mercados com profundidade reduzida em certos momentos, esse efeito é mais pronunciado. 

Para traders, a recomendação foi reforçar disciplina de risco: reduzir alavancagem, usar stops bem desenhados e avaliar eventuais hedges. Já investidores de longo prazo viram a correção como possível janela de acumulação escalonada, desde que alinhada ao perfil de risco e com atenção ao cenário macro mais amplo. 

O mercado mostrou resiliência intradiária: a queda foi moderada e, dependendo das próximas leituras econômicas e do comportamento dos fluxos institucionais, o movimento poderia se ajustar rapidamente. Acompanhar volumes de entrada em ETFs e fluxos de stablecoins continua sendo fundamental para avaliar se a correção terá continuidade.