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Bitcoin ultrapassa US$ 108 mil e atrai novo otimismo do mercado

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O Bitcoin voltou a romper a marca dos US$ 107.000, renovando o otimismo entre investidores e analistas. Nos últimos dias, a criptomoeda vinha oscilando, impactada por tensões geopolíticas no Oriente Médio — especificamente entre Israel e Irã — que frearam parte do apetite por risco. No entanto, o anúncio de um cessar-fogo mediado por líderes americanos trouxe um alívio imediato, provocando uma entrada renovada de capital em ativos de maior risco, incluindo o Bitcoin. Esse movimento refletiu-se em uma valorização aproximada de 2 a 4% no preço da criptomoeda em menos de 24 horas.

Além da redução das tensões no exterior, outro fator que estimulou a alta foram os dados econômicos ainda frágeis nos Estados Unidos. Com indicadores de confiança do consumidor apresentando recuo e expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve em alta, investidores intensificaram sua exposição ao Bitcoin. Como ativo descentralizado, sem rendimentos fixos, ele tende a se beneficiar em cenários de juros mais baixos e maior liquidez global.

Instituições e governos reforçam credibilidade do criptoativo

A valorização não se restringe ao clima de risco internacional ou aos dados macroeconômicos. Uma tendência cada vez mais clara é o ingresso de capital institucional e até iniciativas governamentais que endossam o Bitcoin como reserva. Nos EUA, estados como Texas já mantêm reservas em Bitcoin, e o Arizona caminha para criar um fundo estadual lastreado em criptoativos apreendidos judicialmente. Essa tendência fortalece a narrativa de que a criptomoeda, pouco a pouco, se aproxima de um ativo confiável sob o olhar institucional, além de diminuir a oferta circulante — o que tende a valorizar os preços.

Corporações com grande tesouraria, como Strategy e Metaplanet, aumentaram significativamente sua exposição, comprando dezenas de milhares de bitcoins. A presença dessas instituições traduz uma adoção que vai além do investidor de varejo — e sinaliza robustez para o mercado. Esse influxo de capital também permite que o Bitcoin continue a desafiar suas máximas anteriores, abrindo caminho para atingir novos recordes que superem a barreira dos US$ 112.000.

Cenário técnico: resistência e volatilidade

Do ponto de vista técnico, o mercado ainda observa zonas críticas de suporte e resistência. Há forte atividade de venda em torno dos US$ 106.000–107.000, enquanto níveis abaixo, como US$ 104.000 e US$ 100.000, são vistos como bases de sustentação. A consolidação recente dentro dessa faixa indica um momento de atenção redobrada para os operadores: um breakout acima de US$ 108.000 pode acelerar o movimento de alta rumo a US$ 110.000–112.000. Por outro lado, um recuo abaixo de US$ 104.000 pode reabrir caminho para uma correção.

Parte da cautela também vem do mercado de derivativos, onde há concentração de posições alavancadas justamente entre US$ 103.000 e 106.000. Esse acúmulo implica riscos de liquidações abruptas (de “shorts” ou “longs”) em caso de quebra dos patamares. Portanto, embora a tendência recente seja de alta, a volatilidade permanece elevada — e confirmada por indicadores como o RSI, que marcam o Bitcoin como levemente sobrecomprado.

Perspectivas: entre US$ 94.000 e US$ 130.000

A comunidade de analistas segue dividida sobre os próximos rumos do Bitcoin. Uma parte acredita que, se a estabilidade geopolítica se mantiver e o Fed de fato sinalizar cortes em julho, os fundamentos macro continuarão favoráveis, elevando o preço para cerca de US$ 114.000 — e posteriormente abrindo caminho para novos patamares entre US$ 120.000 e US$ 130.000 no segundo semestre.

Ainda assim, há contrapontos: alguns especialistas preveem que o Bitcoin pode recuar até US$ 94.000, seja por aumento da aversão ao risco, cenário econômico mundial turbulento ou mesmo pela reação negativa aos cortes de juros que poderiam fortalecer o dólar. Em polls internos da comunidade cripto, a divisão entre otimismo leve e pessimismo prudente está quase empatada, refletindo a indecisão ainda latente no apetite global por criptomoedas.

Momento de atenção e oportunidade

O recente avanço acima de US$ 107.000 marca um momento decisivo para o Bitcoin: ele testa a resistência em torno das máximas e sinaliza confiança renovada graças a fatores geopolíticos, monetários e institucionais. A adoção crescente por governos locais e grandes empresas confere uma dimensão estrutural ao mercado, além de reduzir a oferta disponível.

Entretanto, a existência de zonas técnicas críticas e a alta volatilidade fazem do momento atual um teste para a resiliência do Bitcoin como ativo de investimento. Quem observa o mercado de fora pode ver tanto risco de correções pronunciadas quanto potencial de deslocamento para níveis não vistos até agora — entre US$ 120.000 e US$ 150.000 até o fim de 2025.

O Bitcoin está em um encruzilhada, com o ambiente propício dando força à alta, mas ainda dependente de sinais externos e da capacidade de romper resistências técnicas. É um cenário de “tudo ou nada”: com novos recordes em jogo, o ativo atrai quem enxerga escalada contínua — mas exige cautela de quem acompanha a próxima virada nos mercados internacionais.

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