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Com apenas 60 funcionários, empresa movimenta US$ 13,7 bilhões e é chamada de “a mais elegante do mundo”

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Enquanto muitas startups lutam para encontrar o equilíbrio entre crescimento e sustentabilidade, uma empresa vem chamando atenção global com um modelo de negócios enxuto, lucrativo e, acima de tudo, altamente eficiente. Com apenas 60 funcionários, a empresa obtém lucros bilionários e vem sendo apontada como “a mais elegante do mundo”. Estamos falando da Tether, a companhia responsável pela emissão da stablecoin USDT — atualmente a maior do mercado.

O número por si só já impressiona: em 2023, a Tether registrou um lucro líquido de US$ 13,7 bilhões. Isso mesmo: quase 14 bilhões de dólares com um time reduzido a poucas dezenas de pessoas. Para efeito de comparação, esse lucro é maior do que o de muitas multinacionais tradicionais com centenas de milhares de funcionários. Essa combinação de alto retorno e estrutura operacional mínima tem sido interpretada como um exemplo extremo de eficiência no mercado financeiro e tecnológico.

A explicação para tamanha rentabilidade está no modelo de negócios da Tether. A empresa administra as reservas que lastreiam os USDTs emitidos, a stablecoin mais usada no mundo, com um volume de circulação que já ultrapassa os US$ 112 bilhões. Esses valores são investidos, principalmente, em títulos do Tesouro dos Estados Unidos, que oferecem retorno financeiro com baixíssimo risco. Como o Federal Reserve elevou as taxas de juros nos últimos anos, os rendimentos sobre esses investimentos dispararam — e a Tether colheu os frutos.

Esse cenário criou o que muitos analistas chamam de “o negócio perfeito”: uma empresa que emite um produto digital atrelado ao dólar, com base de usuários consolidada, demanda constante e reservas em ativos extremamente seguros e rentáveis. Isso, somado a uma estrutura enxuta e altamente automatizada, gera uma máquina de lucro praticamente imbatível.

A comparação com outras empresas de tecnologia e finanças é inevitável. Enquanto gigantes como Meta, Amazon e Google contam com dezenas de milhares de colaboradores ao redor do mundo, a Tether provou que é possível escalar e gerar receita em níveis estratosféricos com um time compacto. Para muitos, isso representa uma mudança de paradigma sobre o que significa “crescimento” na era digital.

Apesar dos resultados impressionantes, a Tether não está isenta de polêmicas. Desde sua criação, a empresa enfrenta questionamentos sobre a transparência de suas reservas e a governança do projeto. Críticos apontam a necessidade de auditorias independentes mais frequentes e detalhadas, bem como maior clareza sobre as decisões estratégicas. Ainda assim, a companhia tem buscado melhorar sua comunicação e apresentar relatórios regulares sobre a composição de seus ativos.

O título de “empresa mais elegante do mundo” vem justamente dessa combinação entre simplicidade operacional e resultados colossais. Em um mundo corporativo muitas vezes inchado por estruturas burocráticas e processos ineficientes, a Tether se destaca como um exemplo quase surreal de eficácia. O caso provoca reflexões profundas sobre o futuro das finanças, da tecnologia e do próprio trabalho.

Seja admirada por sua eficiência ou criticada por sua opacidade, uma coisa é certa: a Tether já ocupa um lugar central no ecossistema de criptoativos — e seus resultados mostram que, quando bem estruturado, um modelo simples pode ser não apenas viável, mas incrivelmente lucrativo.

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