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França propõe usar excedente de energia para mineração de Bitcoin e gerar até US$ 150 milhões por ano

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A França está adotando uma abordagem inovadora para aproveitar o excedente de energia elétrica gerado no país, transformando-o em uma fonte de receita significativa. Legisladores franceses apresentaram um projeto de lei que propõe a criação de um programa piloto de cinco anos para usar a eletricidade excedente, especialmente proveniente das usinas nucleares, para alimentar operações de mineração de Bitcoin.

O país enfrenta o desafio de desperdício energético devido à superprodução em momentos de baixa demanda ou quando a geração de energia renovável está em alta, causando perdas econômicas consideráveis, estimadas em cerca de 80 milhões de euros anuais. A proposta busca transformar a mineração de Bitcoin em uma “carga flexível”, ou seja, uma atividade que pode ser rapidamente ajustada conforme a oferta de energia. Data centers de mineração seriam instalados próximos às usinas, funcionando intensamente quando há excedente e pausando suas operações quando a demanda energética cresce, ajudando a equilibrar a rede elétrica sem prejudicar o abastecimento para residências e empresas.

Economicamente, a iniciativa tem grande potencial. Estima-se que a alocação de apenas 1 gigawatt de energia excedente para mineração de Bitcoin possa gerar entre 100 e 150 milhões de dólares em receita anual. Além disso, o calor residual produzido pelos equipamentos de mineração poderia ser reaproveitado para aquecer casas, estufas agrícolas ou instalações industriais, promovendo uma economia circular e sustentável.

Essa estratégia coloca a França na linha de frente na integração entre tecnologia digital e gestão energética eficiente. Ao transformar um problema frequente em uma oportunidade, o país não só otimiza o uso dos seus recursos energéticos, como também incentiva a inovação e o desenvolvimento sustentável. O sucesso do projeto piloto pode servir de modelo para outras nações que enfrentam desafios semelhantes relacionados ao desperdício de energia.

Com a crescente importância das criptomoedas e a necessidade de soluções energéticas mais eficientes, a França demonstra que é possível conciliar avanço tecnológico com responsabilidade ambiental e econômica. Essa iniciativa pode representar um marco na forma como os países lidam com a geração e o consumo de energia em um mundo cada vez mais digital.

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