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Mercados globais ajustam o fôlego após acordo comercial entre EUA e UE

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Os mercados financeiros globais iniciaram a semana em compasso de cautela, após o anúncio de um novo acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia. O pacto estabelece tarifas de 15% sobre uma ampla gama de produtos europeus, abaixo dos 30% inicialmente temidos, e inclui compromissos bilionários em compras de energia e defesa por parte dos europeus.

Apesar da redução nas tensões comerciais, o acordo foi recebido com reações mistas. Enquanto investidores norte-americanos viram o tratado como uma vitória estratégica para os EUA, algumas lideranças europeias consideraram os termos desequilibrados. Ainda assim, o fato de um entendimento ter sido alcançado amenizou os receios de uma guerra comercial em escala mais ampla.

Nos mercados de ações, o impacto imediato foi moderado. Algumas bolsas europeias apresentaram leve queda, enquanto outras conseguiram se recuperar ao longo do pregão. Nos Estados Unidos, os índices futuros indicavam abertura positiva, refletindo o alívio momentâneo dos investidores. O dólar se fortaleceu frente às principais moedas globais, impulsionado pela percepção de vantagem americana no acordo. O euro, por sua vez, recuou cerca de 0,4%, sentindo o peso da nova dinâmica comercial.

Além do acordo comercial, os próximos dias serão decisivos para os mercados globais. Investidores acompanham com atenção as reuniões de política monetária do Federal Reserve e do Banco do Japão. A expectativa majoritária é de manutenção das taxas de juros, mas os comunicados dos bancos centrais devem oferecer pistas sobre os próximos passos diante do cenário econômico atual.

Também está no radar a divulgação de dados importantes nos Estados Unidos, como o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, números de abertura de vagas e indicadores de confiança. Esses dados são considerados fundamentais para avaliar a saúde da economia americana e calibrar as apostas sobre os rumos da política monetária.

No campo corporativo, a temporada de resultados segue intensa. Empresas como Apple, Microsoft, Amazon e outras gigantes do setor tecnológico devem divulgar seus balanços, o que pode mexer com os índices acionários. O desempenho dessas companhias é visto como termômetro do apetite dos investidores e da resiliência dos lucros empresariais frente a um cenário ainda incerto.

Na Ásia, as principais bolsas encerraram o dia em queda, influenciadas pela aversão ao risco e pelas possíveis consequências do novo acordo comercial sobre as exportações da região. A China se manteve relativamente estável, mas o ambiente ainda é marcado por incertezas em torno das relações comerciais com os EUA e o crescimento interno.

Nas commodities, o petróleo registrou alta superior a 2%, refletindo expectativas de maior demanda por parte da Europa e tensões geopolíticas persistentes. Metais industriais, como cobre e minério de ferro, apresentaram queda, enquanto o ouro ficou estável, com investidores buscando proteção diante da volatilidade.

Para os analistas, o momento exige atenção redobrada. Embora o novo pacto entre EUA e União Europeia tenha evitado um agravamento das tensões, ele não resolve os desequilíbrios estruturais e pode trazer novos desafios, especialmente para os países exportadores. O clima é de expectativa e ajustes, com os investidores buscando um equilíbrio entre risco e oportunidade.

O início da semana nos mercados é marcado por um alívio cauteloso. O acordo comercial trouxe fôlego, mas os próximos movimentos dependerão dos sinais do Fed, dos dados econômicos e da reação das empresas na temporada de balanços. A volatilidade continua no horizonte — e a prudência, mais do que nunca, é uma aliada do investidor atento.

Fonte: Reuters

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