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O advogado do ex-CEO da Binance, Changpeng Zhao, exige ‘retratação imediata’ do senador. Warren sobre comentários pós-perdão

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A polêmica começou logo após Donald Trump conceder o perdão presidencial a Zhao, em outubro de 2025. O ex-CEO da Binance havia cumprido parte de uma pena relacionada a falhas de compliance nos sistemas de prevenção à lavagem de dinheiro da exchange, uma das maiores do mundo. Trump justificou o perdão alegando que Zhao havia colaborado com autoridades norte-americanas e desempenhado papel importante no fortalecimento da infraestrutura cripto dos EUA, especialmente após a expansão do uso do dólar digital USD1.

Em resposta, Elizabeth Warren, uma das vozes mais críticas à indústria cripto no Senado, acusou Trump de favorecer “aliados financeiros” e insinuou que Zhao e a Binance teriam sido instrumentos para enriquecer pessoas próximas ao presidente. Em discurso, a senadora afirmou que o perdão era “um escândalo de corrupção com potencial de abalar a credibilidade do governo americano”. As declarações rapidamente viralizaram, gerando repercussão negativa entre apoiadores de Trump e dentro da própria comunidade cripto.

Foi nesse contexto que a equipe jurídica de Zhao decidiu agir. No documento enviado à senadora, Guillén afirma que as alegações de envolvimento de Zhao em esquemas de enriquecimento ilícito ou lavagem de dinheiro são “completamente infundadas”, reforçando que nenhuma prova foi apresentada e que as investigações anteriores já haviam sido encerradas após o acordo judicial. A defesa exige que Warren emita uma retratação pública, sob pena de processo por difamação e danos morais.


Repercussão política e impacto no mercado cripto

O caso rapidamente ganhou proporções maiores, extrapolando o campo jurídico e entrando no debate político americano. Republicanos classificaram as falas de Warren como um “ataque ideológico contra o livre mercado e a inovação financeira”, enquanto democratas progressistas reforçaram o discurso de que o perdão de Zhao simboliza o “retrocesso ético” do governo Trump.

No mercado, a controvérsia teve efeitos imediatos. O token BNB, da Binance, apresentou leve volatilidade após o episódio, enquanto a stablecoin USD1 — associada à WLFI — registrou aumento de volume em plataformas de negociação, impulsionada por especulações sobre sua ligação com o ecossistema político norte-americano. Analistas apontam que a tensão entre regulação e inovação cripto deve se intensificar nos próximos meses, com possíveis audiências no Congresso para discutir os limites éticos de perdões presidenciais envolvendo figuras do setor financeiro.

Apesar do embate, Changpeng Zhao tenta reconstruir sua imagem pública, mantendo presença discreta, mas estratégica, no ecossistema tecnológico. Fontes próximas afirmam que ele continua atuando como conselheiro informal de projetos voltados para compliance e infraestrutura blockchain, reforçando a narrativa de que sua trajetória está alinhada à institucionalização do mercado cripto.


O que vem a seguir

A equipe jurídica de Zhao aguarda uma resposta formal do gabinete da senadora Warren. Caso a retratação não seja feita, o ex-CEO da Binance pretende mover ação judicial nas próximas semanas. Especialistas avaliam que, embora o caso tenha forte componente político, o resultado poderá estabelecer um precedente importante sobre os limites do discurso parlamentar nos Estados Unidos, especialmente quando envolve acusações públicas contra figuras privadas de relevância global.

Enquanto isso, o episódio reflete o quanto o setor de criptomoedas segue polarizado — dividido entre defensores da liberdade econômica e críticos que pedem maior controle e transparência. A disputa entre Changpeng Zhao e Elizabeth Warren simboliza esse embate: de um lado, a visão de descentralização e autonomia financeira; do outro, o temor de que o poder cripto concentre riqueza e influência em mãos privadas.

Em meio à controvérsia, uma coisa é certa: o nome de CZ continua sendo sinônimo de protagonismo no universo das criptomoedas — agora, mais uma vez, no epicentro da política americana.

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