Quer receber novidades exclusivas do Cripto Investing? Assine a nossa Newsletter!

OCC autoriza bancos dos EUA a atuar como intermediários em criptomoedas; mudança com impacto direto em custódia e liquidez

Compartilharam
0
Visualizaram
0 k
Postar no Facebook
Twitter
WhatsApp

Artigos Relacionados

O Office of the Comptroller of the Currency (OCC) dos EUA anunciou nesta última terça-feira orientação que permite a bancos agirem como intermediários em transações de criptomoedas, incluindo operações na modalidade “riskless principal”, quando o banco intermedeia a compra e venda sem manter posição própria. A medida representa mais um passo do regulador para integrar a infraestrutura bancária tradicional com o ecossistema cripto.

Especialistas veem duas implicações imediatas: (1) aumento da liquidez institucional disponível no mercado, já que bancos podem facilitar negócios entre contrapartes; e (2) uma potencial compressão do diferencial de confiança entre players bancários e exchanges, porque instituições com capital e compliance reforçado passam a oferecer rails de negociação. Em tese, isso tende a reduzir custos e atrair clientes institucionais que exigem contrapartes regulamentadas. 

Por outro lado, críticos alertam para o risco sistêmico: ao estreitar laços entre o mercado cripto, caracterizado por alta volatilidade, e bancos tradicionais (que respondem por passivos e depósitos fiduciários), uma falha sistêmica no ecossistema digital poderia ter efeitos amplificados no sistema financeiro tradicional. Regulação prudencial adicional e limites operacionais provavelmente acompanharão a adoção dessa prerrogativa.

O timing da decisão também tem implicações políticas e de mercado: anunciada em contexto de debates sobre desregulação e aprovações de produtos cripto, a orientação pode acelerar parceria entre bancos e provedores de infraestrutura (custódias, plataformas de execução). Para clientes de private banking e wealth management, a novidade pode significar acesso mais direto a serviços cripto com garantias contratuais e compliance bancário. 

Em resumo, a permissividade do OCC tende a acelerar a ponte entre finanças tradicionais e ativos digitais, abrindo espaço para novos produtos e serviços, mas exigindo supervisão coordenada para mitigar riscos operacionais e de liquidez. Observadores do setor recomendam acompanhar normas complementares (KYC/AML, capital requerido e limites de exposição) que deverão surgir nas próximas semanas

Compartilhe:

Postar no Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
Email