Solana começa a segunda metade de 2025 em alta, sustentando um momentum relevante após volatilidade no início do ano. A rede, destaque por sua alta performance, recuperou terreno com indicadores on‑chain positivos e sinais técnicos que indicam sustentação do mercado. Mas a pergunta que paira sobre o ecossistema é: até onde essa força poderá se estender sem grandes correções?
Resistência e recuperação: o panorama de preços
Depois de uma forte correção desde os picos de janeiro, Solana retomou fôlego nos meados de maio, com o token passando de patamares abaixo de US\$ 150 para oscilar na faixa de US\$ 155–165. Nas últimas semanas, uma combinação de suporte técnico e retomada de interesse levou o preço a reverter um movimento fundo-duplo — padrão gráfico clássico — que reforçou a perspectiva de continuidade de alta.
Os indicadores técnicos apresentam sinais mistos. O RSI mantém uma posição neutra, abaixo da zona de sobrecompra, mas sua recuperação sugere que o otimismo ainda não se esgotou. Por sua vez, as médias móveis exponenciais de curto prazo seguem abaixo das de longo prazo, mantendo estruturas que demandam confirmação, como a quebra acima das nuvens de resistência no indicador Ichimoku, para que uma reversão sustentável aconteça.
Indicadores on‑chain mostram robustez crescente
No plano da atividade on‑chain, Solana vem registrando comportamento encorajador. Foi observada uma retomada no volume de transações, com blockchain mantendo uma média acima de 1.100 transações por segundo em momentos pontuais. Esse tráfego intenso costuma refletir adoção de tokens, dApps e uso cotidiano da rede, evidenciando comprometimento com a infraestrutura.
Além disso, a rede registra aumento no total value locked (TVL) em protocolos descentralizados — um avanço de quase 60% nos últimos 30 dias, saltando de cerca de US\$ 14 bilhões para mais de US\$ 22 bilhões. Esse crescimento reforça que o setor DeFi em Solana está reagindo com mais vigor que em muitos competidores, inclusive Ethereum, que disputa espaço em volumes de negociação.
Recorde nos volumes de DEX
As plataformas descentralizadas baseadas em Solana registraram volumes impressionantes — recordes recentes superando US\$ 35 bilhões em negociações semanais. Esse nível de liquidez coloca Solana como um dos pilares da DeFi global, com receitas de protocolo (fees) atingindo patamares relevantes para sustentar desenvolvimento de produtos e atrair mais usuários.
Olhar institucional e ETFs em pauta
Além dos indicadores on‑chain e técnicos, há uma crescente movimentação institucional em torno da blockchain. A busca por registro de ETFs — incluindo especulações sobre futuros produtos baseados em Solana — sinaliza que o interesse de instituições financeiras tradicionais pela rede está aumentando.
A parceria com empresas como Societe Generale, que lançou stablecoin regulada sobre a rede, reforça essa tendência. A adoção de soluções tokenizadas por instituições consolidadas destaca a credibilidade da rede Solana como infraestrutura apta a suportar operações de larga escala com conformidade regulatória.
Pilares de crescimento e desafios latentes
A segunda metade de 2025 poderá ser decisiva para Solana. Por um lado, a consolidação do tráfego on‑chain, volume DeFi e possíveis entradas institucionais impulsionam a narrativa positiva. Por outro, barreiras técnicas permanecem: a rede já enfrentou quedas e interrupções nos últimos anos, o que gera preocupação quanto à robustez frente à maior adoção.
No campo técnico, a consolidação acima de US\$ 165 é condição necessária para impulsionar um movimento ascendente mais sustentável, abrindo caminho para testes na faixa dos US\$ 180–200. O sucesso nesse cenário dependerá do aumento de suporte — mais desenvolvedores, novos casos de uso e estabilidade — para evitar que a rede reencontre resistência ou retroceda.
Cenários para o próximo semestre
Se Solana conseguir manter a pressão e quebrar resistências chave, o token pode se aproximar dos US\$ 200 até o final do ano, com projeções até US\$ 250 caso se consolide uma alta duradoura. Diversos analistas apontam que, com continuidade na expansão de TVL, adoção DeFi e preparação para ETFs, esse target está dentro de alcance.
Por outro lado, se a rede falhar em sustentar níveis de suporte ou enfrentar novos episódios de instabilidade técnica, um recuo para as zonas de US\$ 143–150 pode estar no horizonte. Esse nível já foi testado como base de reversão no primeiro trimestre e pode indicar espaço para correção saudável antes de novo ciclo de expansão.
Solana entra no segundo semestre de 2025 com tração clara, movida por recuperação de preço, sólidos indicadores on‑chain e atenção institucional. As principais questões agora envolvem confirmação técnica e estabilidade da rede. São os próximos passos — tanto em infraestrutura quanto em adoção — que definirão se essa fase será um mero suspiro ou o início de um ciclo de alta sustentável que pode elevar Solana a patamares inéditos.
