- O valor domiciliado em protocolos de finanças descentralizadas diminuiu 27,5% durante o primeiro trimestre de 2025.
- Apesar do declínio na emissão diária de tokens no Pump.fun, Solana liderou o volume spot onchain em exchanges descentralizadas.
O entusiasmo inicial com criptomoedas, em janeiro, diminuiu à medida que o primeiro trimestre de 2025 se transformava em incerteza macroeconômica, com as superpotências globais envolvidas em um conflito comercial contínuo. Em meio à turbulência, o valor total bloqueado em finanças descentralizadas — uma métrica para depósitos on-chain — caiu US$ 48,9 bilhões, representando uma queda de 27,5%, de acordo com um relatório da CoinGecko .
Em vez de saques em massa, o relatório atribuiu a queda a uma tendência geral de baixa nos preços das altcoins. O Ethereum, a maior altcoin em valor de mercado, caiu de US$ 3.336 para US$ 1.800 no início do ano, eliminando todos os seus ganhos de 2024. Essa queda eliminou cerca de US$ 40 bilhões do TVL do Ethereum e reduziu sua participação de mercado DeFi de 63,5% para 56,6%, observou a análise do primeiro trimestre.
Solana e memecoins
Solana e Base conquistaram mais participação de mercado com a retração do Ethereum, embora ambas as redes também tenham registrado correções semelhantes nos depósitos de usuários. Novamente, isso foi atribuído às quedas em SOL e ETH. A recém-lançada Berachain rapidamente se tornou a sexta maior rede DeFi, com US$ 5,2 bilhões em TVL até o final de março.
À medida que os preços das altcoins vacilavam, o sentimento em relação às memecoins acompanhava a queda. A CoinGecko relatou uma queda de 56,3% na criação diária de tokens no Pump.fun. A reviravolta ocorreu após a saga da memecoin Libra em meados de fevereiro, que envolveu o presidente argentino Javier Milei . Os especuladores de memes da Libra perderam US$ 251 milhões em capital, segundo um relatório da Nansen . Apesar da controvérsia e do ceticismo renovado em relação às memecoins, o volume à vista da Solana nas corretoras descentralizadas superou os concorrentes. As DEXs da Solana representaram 39,6% de todas as negociações no primeiro trimestre de 2025, segundo o relatório.
Domínio do Bitcoin não é desafiado pelo pior trimestre desde 2018
Dados confirmaram o primeiro trimestre de 2025 como o pior desempenho do bitcoin em sete anos. O BTC ficou atrás de ativos tradicionais como ouro e títulos do Tesouro dos EUA, que viram a demanda dos investidores correr para portos seguros durante a instabilidade econômica global. No entanto, a dominância do bitcoin no mercado de criptomoedas cresceu para 59,1%, sinalizando confiança no principal ativo digital em relação às altcoins.
No geral, o mercado total de criptomoedas e as negociações à vista em corretoras centralizadas recuaram, com a incerteza e a volatilidade prevalecendo. O otimismo com a reeleição do presidente Donald Trump se dissipou com tarifas e guerras comerciais. As criptomoedas recuaram de US$ 3,8 trilhões em 18 de janeiro para US$ 2,8 trilhões, uma queda de 18,6% no primeiro trimestre. O volume médio à vista na CEX caiu 27,3% em relação ao trimestre anterior e despencou de US$ 200 bilhões no final de 2024 para US$ 146 bilhões no primeiro trimestre.
Fonte: TheBlock
