Quer receber novidades exclusivas do Cripto Investing? Assine a nossa Newsletter!

O presidente da SEC, Atkins, traça um caminho pró-inovação para regulamentação de criptografia e tokenização

Compartilharam
0
Visualizaram
0 k
Postar no Facebook
Twitter
WhatsApp

Artigos Relacionados

Com a chegada de Paul Atkins à presidência da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), o mercado de criptoativos vivencia uma guinada estratégica rumo à inovação regulatória. Em declarações recentes, Atkins defendeu que a agência deve deixar de aplicar rigidamente regras formuladas para mercados tradicionais — muitas vezes incompatíveis com os paradigmas da blockchain — e, em vez disso, estabelecer um arcabouço regulatório adaptado, claro e proporcional para emissão, custódia e negociação de ativos digitais. Ele propôs que a SEC adote uma postura mais aberta à tokenização de ativos, estimular a criação de mercados digitais e oferecer caminhos regulamentares seguros para novos participantes do ecossistema cripto.

No discurso, Atkins destacou que o modelo vigente, baseado em regras desenhadas para valores mobiliários tradicionais, não foi pensado para registrar, negociar e custodiar ativos on-chain. Ele sugeriu que a SEC utilize suas autoridade normativa interpretativa e isentiva (exemptive authority) para desenhar normas específicas que atendam às peculiaridades dos criptoativos — por exemplo, distinguindo classificações, clarificando padrões contábeis, modernizando exigências de custódia e permitindo que plataformas de negociação “criptográficas” operem com mais liberdade regulatória. A proposta é dar mais previsibilidade ao mercado, reduzir barreiras de entrada e coibir práticas abusivas sem sufocar a inovação.

Principais eixos propostos e seus impactos no mercado

Um dos pontos centrais anunciados por Atkins é a definição clara — ou redefinição — de quando um token digital é considerado valor mobiliário. Esse debate é fundamental porque determina se um ativo está sujeito ao arcabouço regulatório restritivo da SEC. Atkins reconheceu que muitos tokens não se encaixam nas categorias tradicionais e que a agência deve trabalhar com critérios funcionais, não fórmula rígida, para decidir sua classificação. Ele também enfatizou a necessidade de modernizar as regras de custódia: alguns regulamentos atuais tratam criptoativos como passivos contábeis, penalizando instituições que oferecem serviços de custódia. Atkins defendeu flexibilização e clareza para que gestores e provedores possam oferecer soluções seguras sem sofrerem penalizações contábeis artificiais.

Na área de negociação, Atkins indicou que a SEC mirará na modernização dos mercados alternativos de negociação (ATS) para permitir que plataformas ofereçam serviços híbridos, combinando ativos tradicionais e criptoativos sob uma mesma interface. Ele propôs que exchanges reguladas possam listar tokens considerados não valores mobiliários, criando ambientes de interoperabilidade entre finanças tradicionais e blockchain. Outra iniciativa prevista é o uso de “critérios genéricos de listagem” que desonerem o processo de listagem de tokens, acelerando o acesso de projetos emergentes ao mercado sob supervisão.

Desafios, receios e o que está em jogo

Por mais promissora que seja a agenda de Atkins, ela enfrenta desafios políticos, regulatórios e técnicos. Primeiro, há resistência interna: alguns comissários da SEC anteriores adotaram abordagem mais rígida contra criptoativos, defendendo que muitos tokens devem ser tratados como valores mobiliários sob a lei vigente. Esse choque de visões pode gerar litígios internos.

Além disso, o equilíbrio entre inovação e proteção ao investidor será crucial. Um regulador excessivamente permissivo pode permitir fraudes e abusos, minando a confiança do público no mercado cripto. Por outro lado, normas muito restritivas afastam investidores e sufocam projetos emergentes. Atkins disse que a SEC continuará a perseguir fraudes e manipulação, mas com ação mais focada e menos genérica.

Há também o desafio técnico de harmonização com outras agências regulatórias, como a Comissão de Futuros e Mercadorias (CFTC), que supervisiona derivativos e mercados de commodities. Um esforço conjunto de regulação harmonizada pode evitar lacunas regulatórias que geram insegurança jurídica. De fato, já há movimentações no sentido de promover ton harmonização entre SEC e CFTC para o mercado de ativos digitais.

O que a nova abordagem representa para investidores e empreendedores cripto

Se bem-implementadas, as iniciativas de Atkins podem transformar profundamente o ambiente regulatório cripto nos EUA e influenciar políticas globais. A clareza sobre quando um token é um valor mobiliário ajudará investidores institucionais a ingressar no setor com menos risco regulatório. Empresas de tecnologia e startups ganharão previsibilidade para lançar produtos tokenizados e expandir operações sem medo de represálias legais.

Para o investidor médio, pode significar mais oferta de produtos regulados, menos barreiras de entrada e ambiente mais seguro para participar de projetos blockchain. E para o mundo cripto, representa um movimento que combina ousadia regulatória com pragmatismo, buscando evitar erros do passado e construir um mercado digital mais sustentável.

O caminho não será fácil, mas a postura pró-inovação de Paul Atkins sinaliza uma nova era de regulação cripto — mais adaptativa, moderna e alinhada com a realidade tecnológica. A expectativa é de que nos próximos meses surjam propostas concretas de regulação, com consulta pública e aplicação gradual, para garantir transição suave, balanço entre liberdade e segurança, e consolidação dos EUA como líder global em mercados de ativos digitais.

Se quiser, posso montar uma versão enxuta (300–350 palavras) para uso em newsletters ou flashes informativos para investidores.

Compartilhe:

Postar no Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
Email