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Coinbase lançará cartão de recompensas Bitcoin com a Amex, enquanto está de olho nos EUA Expansão de Futuros

Brian Armstrong, CEO da Coinbase (Crédito: arquivos da CoinDesk)
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O lançamento do Coinbase One Card

A Coinbase acaba de revelar seu mais recente produto financeiro: o Coinbase One Card, um cartão de crédito emitido em parceria com a American Express e com lançamento previsto para o outono norte-americano de 2025. Exclusivo para assinantes do plano Coinbase One — que custa cerca de US$ 49,99 por ano ou US$ 29,99 mensais — o cartão promete até 4% de volta em bitcoin nas compras do dia‑a‑dia. Além disso, traz benefícios adicionais, como recompensas especiais em USDC, aumento dos rendimentos no staking e créditos na rede Base, a solução de Layer 2 da Coinbase. O cartão também oferecerá vantagens típicas da Amex, como acesso a experiências e promoções, sem cobrança de taxas em transações internacionais.

Essa iniciativa reflete uma tendência crescente entre exchanges de criptomoedas: criar cartas de pagamento que facilitem o uso de ativos digitais no cotidiano, transformando o bitcoin em moeda de consumo. Ao combinar tecnologia cripto com a rede robusta da American Express, a Coinbase oferece a seus clientes a conveniência de gastar em estabelecimentos tradicionais enquanto acumulam bitcoin, promovendo maior adoção ao integrar as esferas digital e tradicional.

Benefícios extras para assinantes

O Coinbase One, subscrição que dá acesso ao novo cartão, já oferece recursos importantes: isenção de taxas de negociação até US$ 500 em volume mensal, suporte premium, maiores rendimentos de staking e USDC. Agora, com o cartão, essas vantagens se somam à evolução na experiência do usuário, criando um ciclo de retenção e engajamento. Recentemente, a Coinbase introduziu também o Coinbase Basic, versão simplificada por cerca de US$ 4,99/mês ou US$ 49,99/ano, ampliando seu alcance entre perfis menos intensivos em operações.

Esse crescimento do braço de assinaturas — estimado em mais de US$ 698 milhões no primeiro trimestre de 2025, contra US$ 1,26 bilhão em receitas de trading — evidencia a estratégia da empresa de reduzir sua dependência da volatilidade do mercado de criptomoedas. A receita recorrente traz estabilidade ao negócio e valor maior aos investidores de longo prazo.

Futuro perpétuo nos EUA: novos horizontes para derivativos

Durante o State of Crypto Summit, em Nova York, a Coinbase também indicou planos para oferecer contratos futuros perpétuos acessíveis aos usuários nos EUA. Até então, essa modalidade estava disponível apenas para clientes internacionais por meio da Coinbase International Exchange, operando sem expiração e com alta alavancagem.

Para lançar os perps (contratos perpétuos) no mercado doméstico, a Coinbase afirma estar trabalhando com a Commodity Futures Trading Commission (CFTC) para adequação das exigências de margem, liquidação e regulamentação locais. Esse movimento representa um passo significativo: permitir que traders americanos acessem produtos sofisticados dentro de um ambiente regulado, em vez de recorrerem a plataformas estrangeiras, muitas vezes sem supervisão ou proteção legal.

Desde os derivativos offshore até os mercados locais, o volume global desses contratos representa cerca de 75% do turnover do mercado cripto — o que enfatiza a relevância dessa iniciativa. Ao trazer os produtos perpetuamente negociados para o eixo EUA, a Coinbase pretende capturar essa fatia de mercado com segurança e confiança.

O ecossistema Base se fortalece

Além do cartão e dos futuros, a Coinbase destacou o avanço da rede Base, sua solução de Layer 2 sobre Ethereum. A empresa revelou integrações que permitirão pagamentos em USDC a partir do Shopify e a inclusão de exchanges descentralizadas (DEXs) da Base diretamente no aplicativo Coinbase.

Com isso, usuários poderão interagir com o ecossistema de dApps da Base sem sair da interface da Coinbase. Essa convergência entre CEX (exchange centralizada) e DeFi (finanças descentralizadas) busca atrair tanto investidores tradicionais quanto entusiastas de Web3 — e reforça a visão da Coinbase de unir diferentes modalidades de acesso ao universo cripto.

Estratégia institucional de longo prazo

Para a Coinbase, essas iniciativas fazem parte de um plano de longo prazo. A empresa, fundada em 2012 por Brian Armstrong, se consolidou como a maior exchange dos EUA, atuando globalmente com mais de 108 milhões de usuários e dezenas de bilhões em ativos sob custódia.

A aposta em produtos de subscrição, integração com sistemas de pagamentos tradicionais e expansão regulatória visa consolidar a empresa não apenas como corretora, mas como um ecossistema diversificado de serviços financeiros digitais, que abriga desde negociação e staking até consumo e derivativos.

Programas de apoio ao desenvolvimento do bitcoin (como custódia institucional, suporte a ETFs e financiamento a startups blockchain) reforçam o posicionamento da Coinbase como guardiã do bitcoin e catalisadora de inovação. Ao oferecer novas formas de consumir e investir, a empresa busca consolidar sua relevância no coração do emergente mercado cripto.

Desafios e reflexões

Embora promissora, essa junção entre finanças tradicionais e criptomoedas traz desafios. A oferta de contratos perpétuos exige rigor em conformidade com requisitos da CFTC, controle de risco para evitar inadimplências e entendimento por parte dos investidores sobre alavancagem e manutenção de posição.

No campo do cartão, a dependência exclusiva dos assinantes Coinbase One pode limitar a adoção, e os níveis de recompensa de até 4% em bitcoin dependem do volume de ativos mantidos. A concorrência com outros emissores de cartões cripto, como Gemini (com 3% fixo), MetaMask e Visa/OKX, exigirá diferenciação sustentável.

Perspectivas para a adoção cripto

A combinação de cartão com recompensa em bitcoin, produtos derivados e integração com DeFi, num ambiente regulado, constitui um sólido caminho para a adoção mainstream. Para os consumidores, essas ferramentas significam maior utilidade prática da criptomoeda. Já para investidores e traders, a abordagem institucionalizada tende a reduzir os riscos associados às exchanges offshore ou sem amparo regulatório.

Se executada com prudência, a estratégia da Coinbase pode ampliar o acesso aos produtos cripto com segurança e conveniência, promovendo fluidez entre os mundos fiat e digital. O outono de 2025 promete ser um marco para quem vê no bitcoin mais do que investimento — uma moeda de uso real.

O Coinbase One Card e a expansão para futuros perpétuos marcam uma nova fase da Coinbase: ampliar o uso do bitcoin no cotidiano, fortalecer seu modelo de receita e oferecer ativos avançados dentro da regulação dos EUA. Resta ver se a combinação de inovação, regulação e experiência do usuário será eficaz na consolidação da criptomoeda como parte da vida financeira comum.

Fonte: Coindesk

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