Na manhã de ontem, 13 de agosto de 2025, o token OKB — criptomoeda nativa da exchange OKX — protagonizou um dos movimentos mais expressivos do mercado: valorização de 135% em apenas 24 horas, liderando com folga as altas entre os 100 maiores criptoativos. Uma virada impressionante, especialmente após um desempenho que chegou a ser um dos piores no mês de julho — mas que agora pretende redefinir sua trajetória.
O Estopim da Alta: Queima Maciça de Tokens
Segundo observadores do mercado, a guinada foi provocada pela própria OKX, que realizou uma “queima” recorde de 65,26 milhões de unidades de OKB — um volume equivalente a cerca de US$ 7,6 bilhões, ou R$ 40 bilhões na cotação corrente. Essa quantidade corresponde a mais da metade de toda a oferta circulante do token. Ao queimar essas unidades, a OKX reduziu drasticamente a oferta disponível, transformando o cenário de escassez em um catalisador imediato para apreciação de preço.
Além disso, foi estabelecido um teto máximo de emissão de 21 milhões de OKB, coincidindo propositalmente com o limite máximo de moedas no Bitcoin — um sinal simbólico e estratégico que reforça a proposta de valor deflacionário do token.
Reação Explosiva do Mercado
A resposta dos traders foi instantânea e avassaladora. O volume de transações com OKB saltou cerca de 13.000%, totalizando US$ 723 milhões negociados em questão de horas. Esse nível de atividade indica que tanto especuladores quanto investidores de maior porte reagiram rapidamente à mudança na política monetária do token.
A valorização repentina faz com que o avanço diário de OKB quase corresponda a toda a alta acumulada ao longo do ano, um feito raro para qualquer ativo cripto.
A OKX adotou uma prática já consolidada no universo cripto, semelhante à estratégia de queima realizada pela Binance com seu token BNB: queimas periódicas para reduzir oferta e incentivar a valorização. Essa dinâmica deflacionária exerce pressão de valorização alinhada ao interesse dos hodlers.
Perspectivas e Desafios Pelo Caminho
Apesar da alta momentânea, a sustentação dessa valorização depende de fatores concretos além do efeito escassez. A OKX sinalizou que planeja acelerar a velocidade das transações da rede OKB e reduzir as taxas associadas ao uso do token, tentando assim criar demanda consistente e utilidade real para seus usuários.
A continuidade do rali dependerá da implementação efetiva dessas melhorias e da adoção crescente do token em diversas funcionalidades — como pagamentos, cashback, descontos ou uso como combustível (gas) de serviços integrados ao ecossistema OKX.
O Que Isso Significa para o Mercado Cripto Mais Amplo?
Esse episódio ilustra como mecanismos de oferta controlada continuam sendo instrumentos poderosos para gerar picos de valorização — especialmente em momentos de baixa demanda orgânica. Porém, também mostra que, para manter a confiança de longo prazo, criptomoedas precisam oferecer fundamentos sólidos: uso real, adoção consistente e governança transparente.
Se a OKX conseguir transformar o token OKB em uma peça central de suas operações com benefícios tangíveis, pode impulsionar o ativo além dessa onda especulativa inicial.
O dia 13 de agosto de 2025 ficará marcado como uma sessão histórica para o OKB. A queima de mais de R$ 40 bilhões em tokens representou um choque de escassez que levou o valor do ativo ao topo do ranking de altas, elevando-o em mais de 130%. Mas a verdadeira prova virá nos próximos meses, quando o mercado irá testar se essa alta tem lastro em utilidade real ou se se trata apenas de um reflexo passageiro de uma mudança brusca na oferta.
Se quiser, posso elaborar um infográfico visual explicando o antes e depois da taxa de queima, ou ainda criar uma análise comparativa com episódios similares, como o uso do token BNB ou burns em outros ativos.