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Alta do IPCA-15 atinge 0,39% em junho, informa IBGE

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A alta do IPCA-15 desacelerou inesperadamente em junho, mas ainda assim a taxa em 12 meses voltou a ficar acima de 4%.No mês de junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou uma alta de 0,39% em relação ao mês anterior, quando havia avançado 0,44%. O dado, divulgado nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou abaixo da expectativa dos analistas consultados em pesquisa da Reuters, que previam um aumento de 0,45%.A desaceleração da alta do IPCA-15 em junho surpreendeu muitos especialistas do mercado, que esperavam uma inflação mais robusta para o período. Mesmo com essa desaceleração, a taxa acumulada em 12 meses do índice voltou a superar o patamar de 4%, indicando que a inflação ainda é uma preocupação significativa para a economia brasileira.O IPCA-15 é uma prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o indicador oficial da inflação no Brasil. Ele é calculado pelo IBGE e mede a variação dos preços para um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos nas regiões metropolitanas do país, além das capitais Brasília e Goiânia. O período de coleta dos preços do IPCA-15 vai do dia 15 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência.O resultado abaixo do esperado para junho reflete, em parte, a influência de alguns fatores específicos que ajudaram a conter a alta dos preços no período. Entre esses fatores, destacam-se a queda nos preços dos combustíveis e a estabilidade nos preços dos alimentos, que são itens de grande peso na composição do índice. A redução dos preços dos combustíveis, por exemplo, pode estar relacionada a uma diminuição na demanda global e a flutuações nos preços internacionais do petróleo.Apesar da desaceleração mensal, a inflação acumulada em 12 meses do IPCA-15 ainda causa preocupação. Com o índice voltando a ultrapassar a marca de 4%, as autoridades econômicas e o mercado financeiro mantêm a vigilância sobre os possíveis desdobramentos na política monetária do país. O Banco Central do Brasil, responsável por controlar a inflação e garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, tem utilizado a taxa básica de juros, a Selic, como principal ferramenta para atingir suas metas inflacionárias.O desafio de controlar a inflação em um cenário econômico instável é grande. A economia brasileira vem enfrentando diversas dificuldades, como a lenta recuperação do crescimento econômico, o alto desemprego e as incertezas políticas. Esses fatores contribuem para a volatilidade dos preços e dificultam a tarefa das autoridades monetárias em manter a inflação dentro da meta estabelecida.A meta de inflação para 2024, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5%, com uma margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais para mais ou para menos. Isso significa que o Banco Central trabalha para manter a inflação entre 2% e 5%. No entanto, a inflação acima de 4% em 12 meses indica que o controle dos preços ainda está longe de ser uma tarefa fácil.Os próximos meses serão cruciais para entender a trajetória da inflação no Brasil. As decisões do Banco Central em relação à taxa Selic e outras medidas de política monetária terão um papel fundamental na tentativa de conter a alta dos preços e manter a inflação dentro da meta. Além disso, a evolução dos preços internacionais de commodities, a recuperação da atividade econômica e o cenário político interno serão fatores determinantes para o comportamento da inflação no país.

Em resumo, a desaceleração inesperada do IPCA-15 em junho trouxe um alívio momentâneo, mas a inflação acumulada em 12 meses acima de 4% mantém o alerta ligado. O cenário econômico brasileiro continua desafiador, e a luta contra a inflação demanda atenção constante das autoridades monetárias e do mercado financeiro.

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