O mercado de criptomoedas amanheceu em queda ontem, 1º de agosto de 2025, após um mês de julho que terminou com máximas históricas. O Bitcoin opera com desvalorização nas últimas 24 horas, sendo negociado na faixa de US$ 114.800 a US$ 115.140. Já o Ethereum também sofre perdas, cotado a cerca de US$ 3.619.
Apesar da correção de curto prazo, julho foi marcado por um fechamento mensal inédito para o BTC, em torno de US$ 115.644 — o maior da história. Esse marco consolida o nível de US$ 115 mil como uma nova região de suporte importante, o que pode servir de base para uma retomada de alta nos próximos dias.
Do ponto de vista técnico, analistas destacam um padrão de ombro-cabeça-ombro invertido no gráfico diário, com projeções que variam entre US$ 133.000 e até US$ 172.000 caso o preço consiga romper com força a região de US$ 121 mil. Já para agosto, as expectativas apontam para um alvo mais conservador entre US$ 129 mil e US$ 133 mil, caso o cenário macroeconômico permita.
A queda atual se deve, em grande parte, à crescente aversão ao risco no mercado global. O aumento das tarifas comerciais nos Estados Unidos, que atingiram diversos parceiros estratégicos, elevou a tensão entre os investidores. Além disso, o relatório de empregos americano veio abaixo das expectativas, reacendendo os temores de uma possível recessão econômica no curto prazo.
Esses fatores impactaram negativamente o apetite por ativos de risco como criptomoedas e ações, contribuindo para uma onda de liquidações. Estima-se que posições alavancadas em contratos futuros de Bitcoin tenham sido liquidadas em larga escala, resultando em perdas bilionárias em poucas horas.
O clima de incerteza também afetou as ações de empresas do setor cripto. Companhias como Coinbase e MicroStrategy registraram quedas expressivas em suas ações após divulgarem resultados financeiros aquém do esperado. A volatilidade no setor permanece alta e deve continuar influenciada por dados macroeconômicos, decisões de política monetária e a guerra comercial em curso.
Mesmo com a correção, há quem enxergue oportunidades. Para muitos analistas, a região dos US$ 114 mil pode representar um ponto estratégico de acumulação, especialmente para investidores com visão de longo prazo. Além disso, indicadores técnicos e métricas on-chain sugerem que o movimento de queda pode estar se esgotando, com sinais de entrada de grandes volumes institucionais.
As perspectivas para agosto seguem otimistas, desde que o suporte técnico se mantenha. Modelos de previsão projetam uma alta de 9% a 15% ao longo do mês, caso o Bitcoin consiga recuperar rapidamente os US$ 120 mil. Em cenários mais agressivos, o ativo digital pode retomar a tendência de alta rumo a US$ 150 mil antes do fim do ano.
A correção atual reforça a importância de uma gestão de risco disciplinada. A volatilidade ainda é uma constante no mercado cripto, mas os fundamentos de longo prazo seguem sólidos: oferta limitada, crescente adoção institucional e novos avanços em infraestrutura e regulação.
Para o investidor atento, os próximos dias serão cruciais para identificar se essa correção representa apenas um respiro técnico ou o início de um movimento mais amplo de consolidação antes da próxima perna de alta.