O Brasil está integrando elementos DeFi em seu piloto Drex CBDC para modernizar a infraestrutura financeira e enfrentar os desafios de descentralização, privacidade e programabilidade.
O Brasil está avançando com sua iniciativa de Moeda Digital do Banco Central (CBDC), a Drex, integrando elementos de finanças descentralizadas (DeFi) ao projeto.
A mais recente iniciativa visa modernizar a infraestrutura financeira do Brasil e introduziu novas fases de experimentação que incorporam conceitos DeFi à estrutura do CBDC.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, discutiu esses avanços em 3 de outubro de 2024. Ele destacou o desejo do Brasil por uma CBDC multidimensional que aborde os desafios de descentralização, privacidade e programabilidade.
Brasil Alavancando DeFi em Seu Programa Piloto CBDC: Drex
Em sua apresentação , Neto explicou que o Drex foi projetado para enfrentar um desafio financeiro de longa data: o “trilema” de descentralização, privacidade e programabilidade.
De acordo com Neto, o novo CBDC deve equilibrar com sucesso esses três elementos para criar uma moeda digital transformadora que vá além dos casos de uso tradicionais dos CBDCs.
Neto disse:
“Queríamos ter três dimensões de benefícios que você não consegue obter apenas com um CBDC normal”,
Ele explicou que o Brasil está estudando integrar a tokenização diretamente nos balanços dos bancos.
O conceito de tokenização permite que ativos como títulos do governo e imóveis sejam negociados, verificados e liquidados usando a tecnologia blockchain.
O projeto Drex também se beneficia da iniciativa Open Finance, uma plataforma expansiva que visa fomentar a competição entre provedores de serviços financeiros no Brasil.
Espera-se que esta plataforma se integre perfeitamente com o CBDC, fornecendo um mercado onde os usuários podem escolher entre uma variedade de instituições financeiras e métodos de pagamento, incluindo serviços baseados em CBDC.
O objetivo de longo prazo é acelerar a mudança do país em direção a uma economia tokenizada, onde ativos públicos e privados podem ser livremente trocados usando a tecnologia blockchain.
Fase 2: Teste de CBDC e integração DeFi
O piloto de CBDC em andamento no Brasil entrou em sua segunda fase , com foco principal em transações de ativos digitais e explorando o potencial de integração DeFi.
Esta fase é particularmente crucial para testar pools de liquidez para títulos governamentais e mecanismos de financiamento do comércio internacional.
Segundo o Banco Central, esses testes se estenderão até 2025, sem prazo fixo, permitindo ao governo refinar o sistema e enfrentar quaisquer desafios que surgirem.
Durante a primeira fase do piloto, o Brasil experimentou elementos descentralizados no Drex.
A segunda fase atual está mais focada em aplicações do mundo real, incluindo tokenização de ativos e mecanismos de liquidez DeFi.
Esse esforço representa um afastamento significativo da infraestrutura financeira tradicional e mais lenta que está em vigor há décadas.
O Brasil também está avançando na interoperabilidade entre os ecossistemas Drex e DeFi.
O objetivo é colocar os princípios DeFi sob supervisão regulatória, permitindo que os mercados DeFi operem dentro de um ambiente controlado.
Além desses esforços do setor público, empresas privadas de criptomoedas também estão expandindo sua presença no Brasil.
A Ripple, por exemplo, fez uma parceria com o Mercado Bitcoin para introduzir soluções de pagamento internacionais, o que permitirá que empresas no Brasil façam pagamentos mais rápidos e baratos globalmente.
O Banco Central do Brasil tem trabalhado em estreita colaboração com outros reguladores financeiros para garantir que o novo CBDC esteja alinhado com as regulamentações existentes e, ao mesmo tempo, crie espaço para inovação.
Notavelmente, a recente proibição do X (antigo Twitter) no Brasil , ordenada pelo Supremo Tribunal Federal, impactou severamente a comunidade de criptomoedas do país, que dependia muito da plataforma para atualizações em tempo real sobre ativos digitais e desenvolvimentos regulatórios.
Com mais de 24,3 milhões de usuários brasileiros antes da proibição, o X era uma fonte crucial para disseminar informações sobre tópicos.
Muitos profissionais do setor de criptomoedas, incluindo pesquisadores e influenciadores, expressaram frustração com a interrupção, citando dificuldades em acessar atualizações regulatórias vitais e informações de mercado.
Fonte: Cryptonews