As eleições americanas acontecerão dia 05 de novembro de 2024. O resultado dessa eleição pode mudar o futuro da Bull-run e das criptomoedas no geral.
É a primeira vez que o tópico “criptomoedas” é usado como critério por alguns para selecionar o seu voto de candidato (antes, isso não era pauta política de nenhum candidato à presidência). Após o comparecimento e discurso de Donald Trump na conferência de Bitcoin em Nashville em 2024, os Bitcoiners enxergaram uma oportunidade de ver o seu mercado crescer ainda mais caso houvesse o apoio do presidente da maior nação da atualidade, com Trump comentando, inclusive, que, caso eleito, faria dos EUA o “farol cripto” do mundo. O discurso gerou muita especulação em torno do mercado, com alguns analistas precificando o Bitcoin em até $100.000,00 em caso de vitória de Trump.
O favorecimento de Donald Trump por parte da comunidade cripto cresce à medida que são executadas iniciativas dentro do mercado (como o lançamento de sua plataforma DeFi WorldLiberty), o polêmico pronunciamento onde o candidato diz que, no seu primeiro dia de mandato, irá providenciar a soltura de Ross Ulbricht (criador do Silk Road) e também demitir o atual chefe da SEC, Gary Gensler. Além disso, já se sabe sobre a exposição do bilionário em criptomoedas há um certo tempo. Enquanto isso, o posicionamento e as políticas de sua rival Kamala Harris ainda são incertos. Em discursos, pouco foi falado sobre as ações que seriam tomadas por Kamala e seu posicionamento sobre o cenário atual da legislação americana no que diz respeito ao mercado de criptomoedas.
Ainda que esse tópico sozinho não seja suficiente para garantir uma eleição, outros também são levados em consideração na escolha do voto (principalmente da parte republicana). É sabido que durante o governo Biden a dívida americana atingiu a impressionante marca de $35 trilhões, sem contar o fato de uma das maiores crises imigratórias da atualidade, com mais de 22 milhões de imigrantes não documentados tendo entrado no país. Isso se soma à “Retirada desastrosa do Afeganistão pelo Governo Biden”, publicado pelo Inspetor Geral do Departamento de Defesa Americano, Robert P. Storch: “Apesar de um investimento de mais de $2 trilhões de dólares ao longo de 20 anos e os sacrifícios de mais de 2.400 vidas americanas, o governo afegão apoiado pelos EUA, e os militares entraram em colapso quase imediatamente quando as nossas forças iniciaram a sua retirada final do país. Como resumiu um relatório divulgado recentemente pelo Conselho de Segurança Nacional, este colapso se desenrolou mais rapidamente do que o esperado pela Comunidade de Inteligência dos EUA, o governo do Afeganistão ou mesmo o próprio Talibã.” Isso sem contar gastos com o financiamento de 2 guerras externas (Ucrânia e Israel) ou com a péssima gestão do atual governo em cuidar dos desastres naturais ocorridos tanto no Havaí quanto na Flórida.
O que aparentemente está em jogo nas eleições americanas de 2024 não é apenas a cadeira para presidência do farol da democracia mundial; é a última carta para o que se acredita de fato ser a liberdade da população em todos os sentidos, incluindo a financeira (com Donald Trump mencionando, inclusive, que, eleito, jamais permitiria a criação de uma CBDC americana).
Dito isso, ainda que o Bitcoin e as criptomoedas não dependam de quem ocupa a presidência para subir ou cair, é fato que leis mais amigáveis a iniciativas e, consequentemente, lucros relacionados a criptomoedas tendem a ajudar o crescimento do ecossistema e, consequentemente, da descentralização, refletindo, claro, no preço dos ativos.