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Hash11: Vale a pena investir no ETF de criptomoedas ou na exchange

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Em meio à euforia nos Estados Unidos, muitos não sabem que o Hash11 é o primeiro ETF de criptomoedas do Brasil e já existe desde 2021. O fundo negociado em bolsa é porta de entrada para muitos investidores que querem sentir um pouco do gostinho do mercado cripto.

Porém, apesar de uma série de vantagens que este produto oferece, ele está longe de ser ideal para todos os investidores. E, dependendo do que você espera, um ETF de criptomoedas pode não ser a melhor escolha. Para chegar a uma conclusão, vamos falar neste artigo sobre:

  • O que é um ETF
  • Como é um ETF de criptomoedas
  • Composição do Hash11
  • Vantagens e desvantagens de um ETF de criptomoedas
  • Exchange ou ETF?

A partir daqui, esperamos que você consiga tirar suas conclusões e descobrir qual a melhor forma de participar do mercado de criptomoedas, de acordo com as suas necessidades e exigências.

O que é um ETF?

Antes de falar especificamente sobre o Hash11, é preciso entender que tipo de produto ele é. Um ETF – Exchange Traded Fund representa uma linha de produtos financeiros em que é possível negociar fundos de investimentos na bolsa de valores, como se fossem ações individuais de empresas.

Sua principal vantagem é conseguir dar um acesso mais facilitado à diversificação de carteiras, mas com a simplicidade e custos baixos de se comprar um título diretamente. Esses ativos podem ser diversos, como ações e commodities ou, no caso da Hash11, criptomoedas.

Mas de forma geral, há vantagens na compra de um ETF, como:

Diversificação: Como comentado anteriormente, a possibilidade de diversificação de ativos a partir de uma única “cota” é uma alternativa bem interessante aos investidores que querem ampliar seus portfólios.

Facilidade: Mais do que a exposição a novos ativos, a facilidade que o ETF promove é bem atrativo. Afinal, o processo é igualzinho o de se comprar ações em alguma corretora vinculada à B3. Inclusive, você pode vender e comprar esses papéis durante o horário de operação da bolsa, o que gera muita flexibilidade e liquidez.

Tarifas baixas: Se a gente comparar os ETFs com fundos tradicionais, o primeiro modelo geralmente apresenta taxas de administração bem mais baixas. Isso é possível, pois muitos dos ETFs acabam replicando o desempenho de um índice específico, em vez de tentar superar a partir da compra de ativos diferentes.

Desta forma, quando olhamos para o mercado tradicional, os ETFs apresentam uma acessibilidade muito grande e eficiente para a diversificação de carteira. Mas isso pode não ser a melhor coisa do mundo, dependendo do seu objetivo. E vamos explicar isso ao longo do artigo.

ETF de Bitcoin e outras criptomoedas

Conforme cada ciclo de alta foi sendo concretizado no mercado de criptomoedas, a exigência por produtos financeiros mais elaborados crescerem. Foi aí que bancos, fundos e outras empresas do setor tiveram que correr atrás para não só desenvolver esses investimentos, mas também encontrar um caminho regulatório para que isso fosse validado.

E, claro, que um deles seria um ETF de Bitcoin ou de criptomoedas. Assim como no mercado financeiro tradicional, o ETF também é uma mão na roda para os investidores que querem um acesso facilitado e em se preocupar muito com a custódia dos tokens.

Neste caso, podemos dizer que um ETF de criptomoedas é um fundo em que a empresa responsável por sua administração detém todos os tokens listados nele, permitindo que ela comercialize apenas as cotas de participação.

Hash11: 1º ETF de criptomoedas do Brasil

Em abril de 2021, a Hashdex conseguiu lançar o primeiro ETF de criptomoedas do Brasil. Assim como as exchanges, ele foi responsável por dar ainda mais acesso às moedas digitais para os investidores.

Seu grande ganho aqui foi a parte regulatória. Afinal, o Brasil só recentemente conseguiu avançar na criação de regras aos players deste mercado. Então, a Hashdex elevou a barra, o que tranquilizou muitas das pessoas que queriam se expor às criptomoedas, mas não tinham receio.

Hoje, existem outros ETFs disponíveis no Brasil, como:

  • QBTC11
  • QETH11
  • BITH11

Mas, a seguir, vamos falar especificamente sobre o Hash11.

Composição de criptomoedas da Hash11

O ETF da Hash11 tem seu desempenho indexado ao Nasdaq Crypto Index (NCI). Este índice é atualizado de forma trimestral para refletir as mudanças de preços do mercado de criptomoedas durante o período.

Já os tokens que compõem o Hash11 são, no total, 8, com as seguintes proporções no total do fundo:

Tabela de composição da hash11

Já a custódia das criptomoedas presentes no Hash11 está sob responsabilidade de bancos parceiros, em uma proposta de focar em uma gestão segura e nos moldes tradicionais. Enquanto isso, a formação de mercado é de controle da Headlands Technology LLC. 

A performance do fundo é ainda satisfatória a alguns investidores, conseguindo acompanhar com uma defasagem bem pequena do desempenho apresentado pela NCI, e um certo atraso em relação ao preço real do ativo em uma exchange. A taxa de administração é de 0,3% ao ano.

Mas apesar de todas essas vantagens, segurança e desempenho, será que você deve investir em um ETF de criptomoedas ou buscar por outros caminhos?

Vale a pena investir em um ETF de criptomoedas no Brasil?

Apesar da importância de um ETF de criptomoedas para o setor, não necessariamente ele é um produto perfeito nem mesmo o mais indicado. Até porque, cada investidor vai ter um perfil único e você pode se frustrar no meio do caminho. 

Afinal, toda essa facilidade de acesso acaba cobrando um preço relativamente alto, que nem sempre pode compensar no fim do dia ou atender às suas exigências.

Acesso: Logo de cara vamos para um ponto central de discussão que é a custódia das criptomoedas. Como você viu acima, o dono das criptomoedas é o fundo, não você. Em muitos casos, uma empresa terceirizada. Isso impede que você tenha permissão de sacá-las ou usá-las no dia a dia, limitando suas ações com o token.

Autonomia: Muitos fundos são exclusivos para uma única criptomoeda ou possuem uma lista de tokens disponíveis, como é o caso do Hash11. Então, em um mundo com mais de 10 mil moedas digitais diferentes, talvez esta não seja a melhor opção quando pensamos na diversificação de portfólio, muito menos aproveitar os momentos de mercado de cada um desses ativos. Afinal, você está preso àquela lista até que venda suas cotas.

Performance: Essa diversificação de portfólio pode parecer atrativa em um momento inicial, mas é sempre bom identificar o peso que cada token possui no fundo. Ao olhar especificamente para o Hash11, vemos que o ETF tem quase 98% de sua alocação total em BTC e ETH. Se por um lado você pode estar tranquilo em aproveitar as oscilações das duas principais criptomoedas do mundo, será praticamente impossível aproveitar o que outras moedas digitais podem oferecer a você em seus próprios ciclos de mercado. No fim do dia, é como se você não tivesse comprado as últimas seis criptomoedas da lista, ficando dependente exclusivamente do desempenho de BTC e ETH.

Taxas: Por mais que um fundo costume – mas não obrigatoriamente – ter taxas menores do que outros tipos de investimento, há ainda uma tarifa considerável. Esta taxa de administração, inclusive, tende a ser anual, independente do desempenho dos ativos naquela carteira. Algo que, em uma exchange, não acontece. Mas vamos deixar isso mais para frente.

Decisão: Claro que é impossível acompanhar e aprender sobre todos os ativos do mundo. Mas a partir do momento em que você participa de um ETF, você abre mão de qualquer decisão sobre seu dinheiro. De certa forma, isso pode te afastar das possibilidades de participação direta, realocamento de posições e até mesmo de conhecer mais sobre o ativo em que está investindo e identificar se ele faz parte dos seus objetivos mesmo.

Como você pôde ver até aqui, o ETF de Bitcoin e criptomoedas é um tema polêmico. Afinal, ele não é um produto bom nem ruim, apenas tem seu público alvo muito bem definido. Para quem está chegando agora no mercado de criptomoedas, pode se deparar com a euforia em torno dos ETFs lá nos Estados Unidos e acabar tomando uma decisão que não será das melhores para o seu perfil.

Exchange X ETF de criptomoedas: Qual é melhor?

Se você chegou até aqui, pode estar balançado sobre investir em criptomoedas por um ETF ou em uma exchange. E isso é comum, afinal, nenhum lugar vai te oferecer o ambiente perfeito e personalizado que você tanto gostaria.

Por isso, um ETF de criptomoedas, como o Hash11, não é uma opção ruim. Muito pelo contrário, pode ser a porta de entrada para muitos novos investidores que ainda não sabem muito bem como participar deste mercado. Porém, ele não é indicado para todo mundo!

Lembra dos tópicos que discutimos há pouco?

  • Custódia
  • Autonomia
  • Performance
  • Taxas
  • Decisão

A partir do momento em que você opta por um ETF de criptomoedas, você pode estar abrindo mão de um ou todos esses quesitos acima. Então, para quem é indicado o Hash11 e outros fundos deste tipo?

O ETF de criptomoedas é mais indicado para pessoas extremamente iniciantes e que querem, de alguma forma, sentir o gostinho do mercado, sem ter qualquer contato direto com isso. Além disso, são pessoas que não tem habilidade ou tempo para manejar seu capital e preferem fazer isso delegando a uma pessoa ou instituição. Isso, claro, gera um custo anual, independente do desempenho dos ativos.

Agora, se você é um investidor mais atento, que quer ter mais controle sobre seu dinheiro e ativos e procura taxas baixas, as exchanges ainda são o melhor caminho para isso. Seja na Foxbit ou em outra corretora, você terá acesso integral a suas criptomoedas, podendo sacá-las para uma carteira particular sem se preocupar com a custódia. Ao mesmo tempo, não há taxa de administração. Ou seja, as tarifas são incididas apenas nas ordens de compra e venda, isso quando ocorrerem.

omo você vai ter acesso direto ao ativo, sua carteira vai ser impactada pelo desempenho real e constante do token, não de uma média final após um período longo de tempo. Se você analisar os diferentes fundos em relação ao desempenho do token, poderá encontrar divergências consideráveis entre as performances mensais de cada aplicação.

Além disso, é possível vender suas criptomoedas e sacar seus valores em reais sempre que quiser, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Afinal, o mercado de moedas digitais não tem abertura nem fechamento. Então, negociações podem ser feitas a qualquer momento e em qualquer lugar.

E, claro, as regras apresentadas pelo Marco Legal das Criptomoedas no Brasil ajudaram muito a normatizar o mercado, o que trouxe muito mais segurança ao setor e aos investimentos dentro das exchanges.

É a hora de fazer sua escolha

Bom, chegamos aqui com a seguinte mensagem: ETF de criptomoedas no Brasil não é ruim, nem bom. Ele apenas tem seu público específico

Se você prefere delegar o gerenciamento de seu capital, mesmo que isso gere custos extras e reduza seu poder de decisão e falta de acesso ao ativo, o fundo, como o Hash11, pode ser uma boa porta de entrada.

Caso sua ideia seja ter mais direito de escolha, possa movimentar seus tokens como bem entender e aproveitar ao máximo a volatilidade, em um ambiente seguro e com pouquíssimas taxas, uma exchange de criptomoeda com certeza vai satisfazer suas necessidades.

*Com informações da Foxbit.

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