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Mercados Globais Disparam com Expectativas de Corte de Juros e Inflação Controlada

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Na quarta-feira, 13 de agosto de 2025, os mercados globais entraram em euforia, impulsionados por dados de inflação mais brandos nos Estados Unidos e pela crescente convicção de que o Federal Reserve (Fed) está prestes a iniciar um ciclo de cortes nas taxas de juros. Essas perspectivas alimentaram um ambiente de otimismo em ações, moedas e commodities, marcando uma sessão vibrante para investidores ao redor do mundo.

1. Ações Globais Batem Recordes

O índice MSCI All Country World atingiu um novo recorde histórico, com alta consecutiva pelo segundo dia.
Nos Estados Unidos, os contratos futuros indicavam aberturas promissoras: o S&P 500 e o Nasdaq já operavam em território recorde desde o início do pregão, apontando para ganhos expressivos. Já o Dow Jones Industrial abriu com valorização de mais de 100 pontos, consolidando uma sequência de resultados positivos.

Na Ásia, a bolsa de Tóquio teve um momento histórico, superando os 43 mil pontos pela primeira vez. Ao mesmo tempo, a redução do dólar refletia o otimismo quanto à política monetária americana.
Na Europa, os mercados também acompanharam a maré positiva: o índice Euro STOXX 600 avançou, com destaque para ações do setor de defesa, enquanto o FTSE 100 britânico alcançou o maior nível intradiário em uma semana, consolidando três sessões consecutivas de ganhos.

2. Inflação Controlada e Expectativas de Corte de Juros

Os recentes dados de inflação dos EUA entraram na chamada zona “Goldilocks” — nem muito alta, nem muito baixa — com o índice de preços ao consumidor subindo de forma moderada e abaixo das expectativas, acalmando temores de estagflação.

Esse cenário reforçou a convicção de que o Federal Reserve poderá cortar as taxas já na próxima reunião. As apostas do mercado apontam para uma probabilidade muito alta de corte, e alguns especialistas defendem até uma redução mais agressiva, de meio ponto percentual. A justificativa combina inflação moderada com sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho.

3. Realocação de Investimentos: Fora dos EUA

Um número crescente de investidores globais tem redirecionado capital para mercados fora dos Estados Unidos. Em julho, fundos de ações internacionais registraram a maior entrada de recursos em mais de quatro anos e meio, enquanto fundos focados em ações americanas tiveram saídas pelo terceiro mês consecutivo.

Essa movimentação é impulsionada pela busca de melhores avaliações, crescimento mais acelerado em outras regiões e pela queda do dólar, que favorece retornos em mercados estrangeiros. Apesar disso, analistas avaliam que o movimento pode ser mais uma readequação estratégica do que uma fuga definitiva dos ativos americanos.

4. Petróleo Enfraquece com Excesso de Oferta

No setor energético, os preços do petróleo recuaram diante da percepção de excesso de oferta global. Estimativas recentes apontam para um aumento significativo da produção em 2025 e 2026, enquanto as projeções de demanda foram revistas para baixo. Essa combinação levanta preocupações sobre um possível desequilíbrio no mercado, com risco de excedente expressivo já no próximo ano.

5. Desafios na China: Crédito em Recuo e Estímulos ao Consumo

Na economia chinesa, os dados de crédito surpreenderam negativamente, com queda nos novos empréstimos em yuan pela primeira vez desde 2005. O recuo foi atribuído à demanda fraca do setor privado. Apesar disso, o agregado de financiamento total apresentou crescimento acima do esperado, o que reduz a probabilidade de cortes imediatos nas taxas de juros ou no compulsório bancário.

O governo chinês, por sua vez, anunciou novas medidas para impulsionar o consumo, incluindo subsídios aos juros de empréstimos para famílias e empresas, na tentativa de estimular a atividade econômica e aliviar custos de financiamento.

O dia 13 de agosto de 2025 foi marcado por uma combinação rara de fatores positivos para os mercados: inflação moderada nos EUA, expectativas de cortes de juros, realocação de investimentos para outras regiões, retração nos preços do petróleo e novos estímulos econômicos na China. Embora o cenário seja favorável para ativos de risco, persistem desafios, como a desaceleração da demanda global e a necessidade de acompanhamento atento dos próximos passos das grandes economias.

Com informações de Reuters

Foto: Uma vista mostra a entrada de Wall Street da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) na cidade de Nova York, EUA, em 7 de abril de 2025. REUTERS/Kylie Cooper.

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