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O que está acontecendo com o Bitcoin?

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Neste final de semana recebi muitas mensagens, então fiz este resumo para ajudá-los a compreender melhor o cenário atual do mercado cripto. Primeiramente, é necessário esclarecer que as criptomoedas são voláteis e essa inconstância afeta todas as direções. Há três motivos importantes pelos quais estamos vendo tais movimentos: 

Liquidação de tokens da Mt. Gox: está ocorrendo a liquidação de tokens de uma exchange que entrou em colapso há cerca de dez anos, chamada Mt. Gox – uma das primeiras do mundo cripto. Embora tenha falido, ela ainda tinha Bitcoins no valor de US$ 8 bilhões que serão distribuídos às pessoas que os reivindicaram desde aquela época. Existe o temor de que isso seja vendido no mercado, embora ainda não tenha sido dividido. Ao meu ver, esse medo é um pouco exagerado, pois muitos venderam suas posições e outros compraram para mantê-las a longo prazo.

Venda de Bitcoins apreendidos pela Alemanha: a Alemanha teve Bitcoins apreendidos de criminosos que, em vez de vendê-los no mercado OTC, os enviaram para exchanges, o que aumenta a oferta no mercado e reduz o preço.

Incerteza política nos Estados Unidos: até as eleições presidenciais ocorrerem nos EUA, há uma incerteza política que afeta o mercado cripto. Os cenários são: se Trump vencer, seria positivo em termos regulatórios para o ecossistema da economia digital, já que a administração atual é anticripto. Se Biden vencer, pode ser negativo para o mercado. É provável que vejamos um movimento lateral no preço até que o quadro fique mais claro.

É importante dizer que esse movimento de baixa e lateralização é bom e necessário. As criptomoedas estavam se movendo muito rápido e superaqueceram o mercado. Essa lateralização permite que aqueles que deveriam ter saído o façam, e que novas pessoas e empresas entrem a preços mais altos, fortalecendo o mercado a longo prazo. Reforço dizendo que manter posições de longo prazo não é fácil, mas é essencial lembrar o motivo pelo qual essa tecnologia é tão importante. 

Por outro lado, embora seja verdade que a queda tenha sido sustentada, ela não foi tão pronunciada, ou pelo menos não foi tão violenta, como em outros momentos em que a tendência de alta terminou e passou para o bear market. Por exemplo, após o ATH em maio de 2021, derivado do quarto ciclo de halving do Bitcoin, houve um grande movimento de vendas em que cerca de 50% do BTC foi negociado, fazendo com que o preço caísse sistematicamente em cada onda de vendas.

Como resultado, algumas semanas depois, vimos uma queda brutal na atividade das contas, indo de 1,3 milhão de contas ativas em junho para apenas 500 mil em julho. Importante lembrar também que, por volta dessa época, ocorreu a repressão do governo chinês à mineração, com a consequente queda na taxa de hash do Bitcoin. 
Por fim, temos que observar o momento do ciclo em que estamos. Diferentemente dos ciclos anteriores, desta vez o ATH veio antes do halving (cerca de um mês, em 14/03, enquanto a redução das recompensas aos mineradores foi aplicada em 19/04). Também tivemos, como dissemos, os ETFs de BTC e, mais recentemente, os ETFs de Ethereum, que também competem pela atenção com o Bitcoin.

Nesse cenário, temos um preço que estagnou desde o ATH e agora mostra uma queda notória, mas também uma série de “distrações” ou formas diferentes de interagir com o Bitcoin e ter exposição ao seu preço, que não envolvem mais necessariamente a compra de BTC. Esse é o caso dos ETFs, que estão atraindo a atenção dos investidores, porque simplificam a negociação. E, por fim, um ecossistema cada vez mais diversificado, com múltiplas oportunidades, que levam grande parte da atividade para outras criptomoedas, outras redes ou mesmo outros tipos de ativos, como runas de Bitcoin e vários tipos de NFTs e criptos colecionáveis.

Acrescento que o Bitcoin continua a crescer e que há mais transações e maneiras de comprar e acessá-lo. Os fundamentos são sólidos e, embora o preço às vezes não acompanhe, é importante se manter firme.

*Por Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio.

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