Uma nova parceria entre o Instituto Plexos, a EDinheiro e a Chainlink está prestes a inaugurar um marco inédito no país: a emissão da primeira moeda social brasileira totalmente baseada em tecnologia blockchain. Batizada de Aratu, a moeda será implantada em projeto-piloto no município de Indiaroba, em Sergipe, com apoio de uma comunidade local majoritariamente composta por marisqueiras. A iniciativa busca promover inclusão financeira, estimular a economia local e validar um modelo replicável que pode transformar comunidades em diversas regiões.
Moeda social digital: propósito e funcionamento
A Aratu será usada principalmente dentro da comunidade, incentivando a circulação dos recursos de forma local e sustentável. Por operar em blockchain, a moeda ganha atributos inovadores: segurança, transparência e automação. Os registros serão imutáveis, audíveis e acessíveis para stakeholders, fortalecendo a governança comunitária. A plataforma EDinheiro, com experiência em mais de 180 moedas sociais no Brasil, integra a robustez técnica da Chainlink para garantir precisão e confiabilidade nas transações on‑chain.
Esse modelo propõe uma estrutura clara: cada Aratu emitida na rede corresponderá a um real brasileiro (R$ 1) em lastro, respeitando os requisitos legais para circulação de moeda social no país. A comunidade também poderá utilizar incentivos, descontos ou benefícios vinculados à maior participação e circulação da moeda local, estimulando o consumo interno e a geração de valor econômico dentro do município.
Impactos sociais e econômicos esperados
O lançamento da Aratu e sua circulação digital promete impacto direto na inclusão de populações vulneráveis, que muitas vezes enfrentam dificuldades de acesso a serviços financeiros tradicionais. A iniciativa deve gerar maior autonomia para as produtoras locais, fortalecer a economia solidária e aumentar o poder de compra dentro da comunidade. O uso de blockchain também elimina intermediários, reduz custos e acelera processos de pagamento, facilitando o fluxo econômico doméstico.
A visibilidade desse modelo pode inspirar outros municípios brasileiros a adotarem iniciativas semelhantes, usando blockchain como infraestrutura de moedas sociais. Isso representa uma evolução significativa na forma como governos locais, ONGs ou fintechs podem fomentar o desenvolvimento sustentável com tecnologia e governança digital integrada.
Por que o setor de investimentos deve observar atentamente
Embora não se trate de um ativo financeiro tradicional, a Aratu e outros projetos similares representam tendências relevantes para o setor de investimento em inovação social e tecnologia. A adoção de blockchain aplicada a moedas sociais demonstra como tecnologias descentralizadas podem ser integradas a políticas públicas e projetos socioeconômicos com impacto real.
Startups, instituições de impacto e fundos de investimento social podem se beneficiar de acompanhar o desenvolvimento desse modelo replicável. O projeto de Indiaroba funciona como um laboratório para testar governança tokenizada, rastreabilidade e automatização de incentivos, abrindo portas para novas formas de captação de recursos, programas de pagamento local e moedas complementares lastreadas no real.
União entre tecnologia, inclusão e inovação
A parceria entre Instituto Plexos, EDinheiro e Chainlink coloca o Brasil na vanguarda de iniciativas que combinam criptografia, descentralização e impacto local. Ao digitalizar e automatizar a moeda social Aratu, o projeto mostra como é possível reforçar a economia de base comunitária com plataformas modernas e transparentes.
Para investidores e stakeholders do setor financeiro, o movimento demonstra que a relevância de blockchain vai muito além de criptomoedas especulativas — trata-se de infraestrutura para inovação pública, inclusão digital e transformação econômica. Indiaroba pode servir de modelo para outras comunidades brasileiras e consolidar uma nova frente de atuação para fintechs de impacto, governos locais e investidores sociais.