Ripple recebe aprovação em Singapura e expande operações de pagamentos com XRP e RLUSD na Ásia

A Ripple recebeu nesta última segunda (01), uma das aprovações mais relevantes de sua atuação recente na Ásia: a licença de Instituição de Pagamento Principal (MPI) concedida pela Monetary Authority of Singapore (MAS) para a empresa associada à RLUSD, a stablecoin da Ripple lastreada em dólar. A informação foi confirmada pela CoinDesk, destacando que a medida libera a companhia para ampliar serviços envolvendo XRP e RLUSD com clientes corporativos e instituições financeiras em Singapura e outros mercados regionais.

A aprovação representa um marco regulatório significativo, já que Singapura se tornou um dos centros financeiros mais importantes do mundo para empresas de pagamentos blockchain. A decisão permite que a Ripple ofereça, de forma totalmente regulamentada, serviços de remessas internacionais, liquidação instantânea e suporte a stablecoins para bancos e fintechs, consolidando seu objetivo de expandir o uso corporativo do XRP Ledger (XRPL).

Especialistas do setor afirmam que a medida fortalece o ambiente competitivo entre empresas de infraestrutura cripto que disputam espaço no mercado asiático de pagamentos digitais, estimado em trilhões de dólares anuais. A presença regulatória da Ripple na região também contrasta com a postura mais rígida dos Estados Unidos, onde o setor ainda enfrenta incertezas jurídicas.

A Ripple também celebrou o fato de que a aprovação chega em um momento estratégico, em que governos asiáticos estão adotando regulamentações claras para stablecoins, reduzindo riscos e abrindo espaço para soluções que unem eficiência, compliance e liquidez global. A MAS, conhecida pelo rigor regulatório, já havia sinalizado anteriormente que favoreceria projetos com governança comprovada e mecanismos transparentes de reserva, critérios que teriam sido atendidos pelo RLUSD.

Para analistas de mercados cripto, a expansão asiática da Ripple pode consolidar uma nova fase para o ecossistema do XRP: mais institucional, mais voltada a pagamentos transfronteiriços e menos dependente de ciclos especulativos. O movimento também pode reacender o debate sobre stablecoins corporativas e o papel delas no sistema financeiro global, especialmente quando envolvem grandes players com infraestrutura blockchain robusta.