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Tesourarias Cripto sofrem pressão: empresas com reservas em BTC/ETH enfrentam prejuízos em massa

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O início de dezembro de 2025 marca um momento difícil para empresas que adotaram o modelo de tesouraria baseada em criptomoedas (conhecidas como “digital asset treasury companies”). Segundo levantamento recente da Coindesk, várias dessas companhias enfrentam forte desvalorização de mercado com a queda acentuada no preço do Bitcoin (BTC), o que reavalia suas reservas, compromete o capital próprio e levanta dúvidas sobre a sustentabilidade desse modelo.

O recuo do mercado cripto nas últimas 24 horas foi expressivo. Dados consolidados apontam que o mercado perdeu cerca de US$ 150 bilhões em valor total, e a capitalização global das criptomoedas caiu para aproximadamente US$ 2,92 trilhões, um dos menores patamares desde abril de 2025. Para empresas que têm boa parte de seus ativos em BTC e/ou ETH, essa sangria se traduz diretamente em queda de patrimônio, o que impacta desde valuation até liquidez e capacidade de honrar compromissos.

Especialistas consultados por analistas do setor afirmam que o problema vai além da oscilação de preço: o modelo fiscal e contábil adotado por muitas dessas empresas depende da valorização constante das criptomoedas para justificar balanços positivos. Com a reversão de cenário, surgem “pressões de solvência, risco de liquidez e de refinanciamento”, diz um consultor de risco institucional, que preferiu não se identificar. A advertência é clara: “sem receita real, produção, serviços, lucro operacional, a reserva em cripto não basta.”

O impacto desse contexto já se reflete nos mercados acionários: ações de empresas com exposição pesada a cripto têm sofrido quedas em cascata, alguns papéis caíram mais de 20% nas últimas sessões. Investidores institucionais e fundos de hedge, que historicamente têm menor tolerância a volatilidade, vêm reduzindo posições, contribuindo para a pressão negativa.

Para analistas de médio e longo prazo, a crise revela um dilema estrutural: ou essas empresas se adaptam rapidamente, diversificando receitas, reduzindo exposição cripto, buscando ativos mais estáveis, ou correm o risco de sofrer uma “correção de balanço” profunda, com desvalorização real além da flutuação de mercado. O que parecia ser “ouro digital” pode se transformar em passivo perigoso em momentos de estresse.

Para investidores e leitores do portal, a lição é dupla: (1) valorização de cripto não implica valor de empresa; (2) antes de apostar em “tesourarias cripto”, vale olhar para diversificação, governança e risco estrutural, não apenas o preço do momento.

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