Em 2025, a Méliuz surpreendeu o mercado com uma estratégia ousada: transformar o Bitcoin em seu principal ativo de reserva. Essa decisão provocou um verdadeiro salto nas ações da empresa, que valorizaram mais de 100% ao longo do ano. O movimento, inicialmente visto como arriscado, acabou se tornando um case de sucesso para o mercado financeiro brasileiro.
O ponto de virada
A empresa, que já vinha buscando formas de aumentar o rendimento do caixa corporativo, decidiu aplicar parte de sua reserva diretamente em Bitcoin. Até então, o dinheiro da companhia estava alocado majoritariamente em investimentos de renda fixa tradicionais, com retornos considerados baixos. A proposta era simples: aproveitar o potencial de valorização do criptoativo e proteger-se contra a inflação, ao mesmo tempo em que diversificava seus ativos.
O primeiro anúncio aconteceu no primeiro trimestre do ano, e imediatamente o mercado reagiu. As ações da Méliuz dispararam logo após a divulgação da compra dos primeiros bitcoins. A decisão, que envolvia uma fatia significativa do caixa da empresa, foi vista por investidores como um sinal de ousadia e inovação.
Aprovação dos acionistas e expansão da estratégia
Pouco tempo depois, a empresa convocou uma Assembleia Geral Extraordinária com os acionistas para aprovar formalmente a nova estratégia e incluir a possibilidade de investimento em criptoativos no objeto social da companhia. A medida foi aprovada com ampla maioria, consolidando o caminho para uma alocação ainda maior em Bitcoin ao longo do ano.
O que inicialmente parecia apenas uma jogada pontual se transformou em uma estratégia institucionalizada. A empresa criou um comitê interno específico para gerir as alocações em Bitcoin, com foco em governança, segurança e tomada de decisões baseadas em critérios técnicos. A partir daí, a Méliuz passou a ser reconhecida não apenas como uma fintech, mas como uma empresa com visão global e ousada na gestão de seus recursos.
Reação do mercado
O mercado financeiro respondeu de forma extremamente positiva à nova abordagem da empresa. As ações subiram forte nos dias seguintes ao anúncio e, com o passar dos meses, a valorização se acumulou. Investidores começaram a enxergar a Méliuz como uma forma indireta de se expor ao Bitcoin — uma espécie de “ETF disfarçado” para quem queria participar da valorização da moeda digital sem necessariamente comprá-la diretamente.
Essa percepção foi potencializada pela valorização do próprio Bitcoin no ano, que atingiu novos recordes históricos. Com isso, o patrimônio da empresa cresceu e os investidores se mostraram cada vez mais confiantes na nova estratégia.
Ampliação de capital e consolidação
Para seguir com sua estratégia, a empresa realizou uma oferta de ações, levantando capital adicional para comprar mais bitcoins. Mesmo com o aumento do número de papéis em circulação, o mercado absorveu a operação com entusiasmo, interpretando como um voto de confiança no projeto.
A Méliuz encerrou o primeiro semestre do ano com centenas de bitcoins em sua reserva corporativa, se consolidando como uma das maiores empresas detentoras de criptoativos da América Latina. Sua identidade passou a ser associada à inovação, à coragem e à capacidade de adaptação ao novo cenário global.
O futuro da empresa
O movimento ainda é acompanhado com atenção por analistas e investidores, principalmente pela volatilidade natural do Bitcoin. No entanto, a estratégia da Méliuz deixou uma marca: mostrou que, mesmo em um ambiente corporativo tradicional, é possível inovar, tomar riscos calculados e sair na frente.
Mais do que apenas lucros, a empresa conquistou um novo posicionamento de mercado, se transformando em um símbolo da nova economia digital. E, se depender da trajetória atual, esse pode ter sido apenas o começo.